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:: O papel de Mercúrio na estória do momento.

Atualizado: 18 de jul. de 2020

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Lisboa

29 de Maio

2020

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[a ser atualizado ao longo de 2020]


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Durante os primeiros três meses de 2020, à medida que estudava como sempre os trânsitos astrais, esteve intermitentemente presente na minha mente que a estória de Mercúrio nisto tudo estava a ser construída, ou como que escrita, e que traria novos desenrolares na preparação para a nova etapa da nossa história humana.


O seu envolvimento no Eclipse Lunar em Caranguejo no inicio do ano, a 10 de Janeiro (ao fazer companhia ao Sol em Capricórnio) e a sua relação próxima à grande conjunção em Capricórnio a 12 de Janeiro, deixaram claro que o deus Mensageiro terá um papel importante neste ano de mudança pivotal.


Esta nova etapa da história da Humanidade (iminentes ingressos em Aquário) e do planeta Terra (Urano em Touro), como já referido noutros posts, está a fazer-se agora.

Atravessamos agora o limbo entre o que já não é e o que ainda não é.

E aqui no entretanto ficamos onde?


Neste momento (final de Maio), ficamos a ruminar em tudo o que sentimos desde que ele entrou em Peixes, a 3 de Fevereiro deste ano — onde fez o seu primeiro movimento retrógrado deste ano, durante a travessia por Carneiro (conjunção a Chiron) e por Touro (conjunção a Urano). Este período acompanhou o ingresso temporário de Saturno em Aquário.


É fácil intuir que estamos agora, e desde 11 de Maio — quando Mercúrio entrou em Gémeos, a trazer à consciência as mensagens subtis e etéreas que estavam tão disfarçadas na intensidade e no caos emocionais típicos de Peixes — revolvidas e baralhadas durante o seu período retrógrado nesse signo.


Carregando já as aspirações, nostalgias e desejos platónicos tão ricamente sentidos em Peixes de 4 de Fevereiro a 12 de Abril, Mercúrio trocou depois impressões com Chiron em Carneiro, que lhe falou da ferida que acompanha o nosso sentido de Individualidade (geralmente escondida nas Ilusões de Peixes), e mais tarde com Urano em Touro que lhe transmitiu a certeza que o fim dessas Ilusões será Inevitável, pois chegou a hora de desmontar as zonas de conforto que estão a sabotar a passagem para a nova etapa coletiva.


Sendo o seu ingresso em Gémeos acompanhado da retrogradação de Vénus nesse mesmo signo e de Saturno em Aquário, é claro que estamos a entrar numa altura de Esclarecimentos onde vamos distinguir as Inspirações das Ilusões, ambas trazidas de Peixes.


Este processo vai muito provavelmente trazer à superfície as inseguranças emocionais que escondemos de nós próprios, e o confronto emocional com aquilo que vamos tão claramente Ver, com Mercúrio em Gémeos e estes retrógrados em signos de Ar, deverá então ser processado quando Mercúrio ingressar em Caranguejo a 29 de Maio, onde fará o seu segundo retrógrado do ano.


Mercúrio, o Eclipe Lunar em Sagitário e o ciclo de Vénus


Ao aproximarmo-nos do eclipse lunar em Sagitário (5 de Junho), onde o nodo sul acaba de ingressar, vamos sentir um "alinhamento" entre o conhecimento carregado nas nossas memórias ancestrais e o Centro Galáctico, aos 27°3’ de Sagitário.


"Quando os últimos 5 graus de Sagitário [25-30º] são ativados por trânsitos astrais, (...) a lança do Centauro aponta 'para além do que conhecemos', enquanto nos refere também simbolicamente aquilo 'que sempre soubemos' no nosso íntimo mais fundo." (*)


Curioso reparar na correspondência entre a localização da nossa galáxia Via Láctea faz parte do super cluster de Virgem, e os Centauros representarem na psique os processos cruciais de purificação, cura e integração (personificados no arquétipo de Virgem). (*)


Outros pontos que me chamaram à atenção no artigo de Melanie Reinhart, relativos ao Centro Galáctico, foram o relembrar que o sistema solar é na verdade uma hélix, a viajar à volta do Centro Galáctico a uma velocidade de cerca de 220 km por segundo (*); e a descoberta pessoal do conceito de Dark Rift — nome dado a"uma nuvem de material estrelar não luminoso que obscurece parte do Centro Galáctico, formado por ‘debri‘ astral que representa aqui os sistemas de pensamento vindos do foro psicológico individual, familiar, coletivo, histórico, religioso e politico."(*)


Existe igualmente aqui uma receção mutua, com Mercúrio a reger tanto o signo de Gémeos, oposto complementar natural à posição do Centro Galáctico (Sagitário), tal o signo de Virgem, arquetipamente relacionado com a figura mitológica do Centauro, que nos fala do discernimento essencial à construção conceptual da nossa realidade pessoal.


O ingresso dos nodos no eixo Sagitário-Gémeos será explorado num artigo dedicado só a este tópico e por isso não irei alongar-me mais aqui. No entanto, a curiosidade levou-me a investigar sobre a sua relação com o papel de Mercúrio no contexto atual, não só porque este planeta rege o signo de Gémeos, mas também pela sincronicidade da sua dança com Vénus:


— Mercúrio ingressou Gémeos apenas dois dias antes de Vénus estacionar retrógrada; ambos encontraram-se para uma conjunção nesse signo menos de dez dias depois; e agora, com Mercúrio já em Caranguejo, Vénus estará conjunta ao Sol (Gémeos) e oposta à Lua (Sagitário) no Eclipse Lunar de 5 de Junho, formando aqui também um ponto da sua Estrela e encerrando um ciclo de oito anos (a ultima conjunção de Vénus ao Sol em Gémeos ocorreu em Maio de 2012).


Trocando por miúdos, este eclipse será uma boa oportunidade para expressarmos (Sol) e comunicarmos (Gémeos) as nossas emoções (Lua) mais verdadeiras (Sagitário), em concordância e honestidade com o que nos vai realmente no Coração (Vénus), e que resultaram das mensagem reveladoras recebidas de Mercúrio nessa conjunção.


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Aguardamos então as surpresas e reviravoltas que o deus Mensageiro (Mercúrio) nos trará na segunda parte do seu ciclo em 2020, depois da sua travessia pelo signo de Caranguejo e antes da ultima retrogradação do ano no signo de Escorpião (a qual trará o culminar da transmutação emocional que é o tema de Mercúrio este ano).


[a ser atualizado novamente no final do Verão]






(*) excerto traduzido e adaptado de The Galactic Centre and the Centaurs, por Melanie Reinhart

Artigo por Vanessa Assunção

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